
O Ibovespa (IBOV) começa o dia nesta sexta-feira (30) sem uma direção definida, reagindo às informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, ao retorno das tarifas de Donald Trump e à inflação nos Estados Unidos.
Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal indicador da Bolsa brasileira estava variando entre leves altas e baixas, mantendo-se próximo à estabilidade, a 138.528,43 pontos.
O dólar à vista apresentava leve oscilação em relação ao real nas primeiras transações da manhã, enquanto os investidores observam os dados do PIB brasileiro e aguardam índices de inflação nos Estados Unidos, mantendo a política comercial da maior economia mundial em foco.
Às 10h (horário de Brasília), o dólar à vista mostrava uma valorização de 0,23%, estando a R$ 5,6795 na venda.
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Day Trade
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Radar do mercado
- Itaú (ITUB4), Magazine Luiza (MGLU3), Azul (AZUL4) e outros destaques desta sexta (30)
Veja os 5 tópicos que influenciam o Ibovespa nesta sexta (30)
1 – Governo Trump reestabelece tarifas
Na quinta-feira (30), um tribunal federal de apelações restabeleceu de forma temporária a maior parte das tarifas de Donald Trump e requisitou que os autores dos processos apresentem respostas até 5 de junho e o governo tenha até 9 de junho.
“O drama desta semana no tribunal trouxe mais incerteza a uma sequência de eventos já preocupantes”, declarou Richard Hunter, líder de mercados da interactive investor, em comunicado.
As expectativas por novos acordos comerciais entre os EUA e seus parceiros, além de resultados positivos e dados de inflação moderados, foram alguns dos principais fatores que estimularam as altas das ações neste mês.
O futuro do S&P 500 diminuía 0,16%, enquanto o contrato futuro do Nasdaq 100 via queda de 0,19%, e o futuro do Dow Jones apresenta uma redução de 0,07%.
A maioria das ações de grandes empresas estava em baixa nas negociações pré-abertura, com a Nvidia caindo 0,7% após um crescimento expressivo de receita trimestral na sessão anterior.
2- Inflação nos EUA aumenta 0,1% em abril e chega a 2,1% em 12 meses
De acordo com o Bureau of Economic Analysis (BEA), o índice de preços (PCE) dos Estados Unidos (EUA) teve um aumento de 0,1% em abril, conforme divulgado nesta sexta-feira (30). O PCE atingiu 2,1% em um ano — ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed).
Desconsiderando os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo da inflação também aumentou 0,1% no quarto mês de 2025. Em termos acumulados de 12 meses, ficou em 2,5%.
As informações divergiram das expectativas de mercado, que aguardava estabilidade nos preços do mês e um avanço anual de 2,2%. Quanto ao núcleo, os dados ficaram em conformidade com as projeções de alta de 0,1% e 2,5%, respectivamente.
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3- PIB brasileiro se alinha com o esperado e avança 1,4% no 1º trimestre de 2025
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 (1T25), o que representa uma aceleração significativa em comparação ao aumento de 0,2% observado no período de outubro a dezembro do ano passado.
Os avanços no setor agropecuário (12,2%) e serviços (0,3%) contribuíram para esse crescimento. Por outro lado, a indústria enfrentou uma leve variação negativa (-0,1%), que é considerada um sinal de estabilidade.
O PIB em valores correntes somou R$ 3,0 trilhões no trimestre, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (30). Deste total, R$ 2,6 trilhões estão relacionados ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões a Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Os resultados se alinham com as expectativas do mercado, que previa uma alta trimestral de 1,4%.
4- IOF torna-se símbolo da crise fiscal: disputa revela desgaste político do governo
Em meio ao agravamento da crise fiscal, o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tornou-se o novo foco de tensão entre o governo e o Congresso Nacional. Mesmo com a chance de que o resultado primário do Governo Central atinja superávit nos próximos 12 meses, o alívio é amplamente visto como contábil e temporário, um “respiro artificial” que não oculta a vulnerabilidade estrutural das contas públicas.
A medida provisória que aumenta o IOF causou forte reação entre os legisladores. Líderes do Congresso impuseram ao governo um prazo de dez dias antes de pautar um dos mais de vinte projetos de decreto legislativo que pretendem revogar o aumento. O aspecto mais significativo é que a insatisfação não se restringe à oposição: membros da aliada também se manifestaram, evidenciando um desgaste político interno significativo.
Do lado do governo, a equipe econômica enfrenta a pressão, sustentando que revogar a medida prejudicaria o funcionamento da administração pública. Sem reformas estruturais, não haveria espaço para cortes adicionais. A solução considerada é um recuo parcial: amenizar os efeitos sobre operações de risco ou negociar a manutenção do aumento em 2025 com ajustes em 2026.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, a situação apresenta causas mais profundas. Ele sinaliza que a atual crise fiscal nasceu com a PEC da Transição, que levou o Orçamento a um caminho insustentável. Embora parte do déficit tenha origem em isenções legadas de administrações anteriores, especialmente da era Dilma, Spiess enfatiza que a responsabilidade pela situação atual recai sobre o governo em exercício.
“O IOF se transformou em símbolo desse impasse”, resume o analista. “Mais um adendo em uma estrutura orçamentária à beira do colapso.” Para ele, a crise é crônica e se reflete no nível persistentemente elevado dos juros reais, um indicativo claro da desconfiança do mercado em relação à sustentabilidade fiscal do país.
Enquanto isso, o impasse permanece sem resolução e revela um dilema: preservar a arrecadação a qualquer preço ou enfrentar a realidade de um Estado que vive além de suas capacidades.
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5- Engie (EGIE3) apresenta novo gerente de Relações com Investidores
A Engie Brasil (EGIE3) comunicou a nomeação de Leonardo Germano Depiné como novo gerente de Relações com Investidores da empresa. Conforme um documento enviado ao mercado, o executivo assumirá a posição a partir do dia 2 de junho de 2025.
Depiné integra a Engie desde 2011, tendo começado na área de Planejamento Financeiro. Desde 2020, ele ocupa cargos de liderança, com a função mais recente na condução das áreas de Finanças Corporativas e Tesouraria.
Segundo a companhia, a nomeação reforça a estratégia de aprimoramento na sua governança e relacionamento com o mercado.
*Com informações de Reuters
Fonte: Money Times
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