No evento, Gabriel Pinto, cofundador da Nomad e ex-CTO do iFood, e Guga Stocco, um empreendedor de destaque em inovação no setor financeiro, estiveram presentes no palco.
Na última terça-feira (11), o JW Marriott, em São Paulo, sediou um encontro crucial sobre a influência da inteligência artificial (IA) nos empreendimentos e na sociedade. Organizado pela TQI, o almoço executivo acolheu líderes e executivos da área de tecnologia e inovação para debater o tema “IA & Evolução Humana” no Brasil.
No evento, Gabriel Pinto, cofundador da Nomad e ex-CTO do iFood, e Guga Stocco, um empreendedor renomado em inovação no setor financeiro, marcaram presença no palco.
IA é a nova eletricidade
O evento explorou a IA como uma tecnologia de aplicação universal, similar à energia elétrica em sua habilidade de revolucionar setores completos. “Estamos vivenciando uma revolução que irá transformar não só as áreas produtivas, mas também nossa forma de trabalhar, aprender e viver”, mencionou Stocco.
Ele fez uma comparação histórica com a mudança das fábricas a vapor para as eletrificadas, sublinhando que o maior perigo é a estagnação. Ou seja, instituições que não se adaptarem rapidamente a essa transformação perderão sua relevância.
Gabriel Pinto corroborou essa perspectiva com base em sua trajetória na Nomad, ressaltando que a IA generativa já está alterando a dinâmica empresarial e pessoal.
“Atualmente, muitas empresas ainda veem a IA como uma ferramenta separada. Entretanto, o impacto será sistêmico. O foco não deve ser em ter um ‘setor de IA’, mas em reestruturar toda a base das organizações com a IA incorporada em cada escolha e processo”, enfatizou.
Educação sobre IA no Brasil
Em outra parte, a conversa abordou a educação e a capacitação de talentos. Stocco alertou sobre o perigo de utilizarmos tecnologias futuras (como o ChatGPT) para solucionar problemas do passado, como uma educação fragmentada e desconectada da realidade.
“Os jovens devem ser desafiados com projetos reais que integrem várias áreas. A IA não deve ser uma solução rápida para escapar do aprendizado, mas sim uma parceira na construção de conhecimento prático”, disse.
A reflexão se estendeu ao mercado de trabalho, levantando um questionamento: como será o papel dos profissionais em um cenário onde máquinas autônomas e IAs realizam decisões e tarefas complexas?
Pinto respondeu com determinação: “A habilidade de liderar essas inteligências artificiais será o diferencial humano. A formação de líderes que podem orquestrar sistemas inteligentes será a chave do êxito.”
No ambiente financeiro, os palestrantes veem o Brasil como um berço de inovação. Stocco mencionou o Pix como um exemplo de liderança global e salientou que, com IA, novas fronteiras se abrem, como agentes inteligentes atuando no DeFi ou tokens programáveis com algoritmos de yield. “Veremos unicórnios formados por apenas uma pessoa, suportados por IA. Isso já começou,” afirmou.
O painel também discutiu o papel das empresas enquanto entidades de aprendizado contínuo. Stocco enfatizou: “Toda organização que desejar subsistir na próxima década precisa se tornar uma Learning Organization. Ter um Chief Learning Officer será tão necessário quanto ter um CFO.”
IA como imperativo estratégico: de buzzword à base de novos modelos de negócio
O encontro idealizado pela TQI não apenas destacou as potencialidades da inteligência artificial, mas também evidenciou a necessidade urgente de uma reinvenção estrutural.
Tanto Gabriel Pinto quanto Guga Stocco concordaram que a IA generativa é mais do que uma mera tendência, mas uma inevitabilidade estratégica. “Não se trata de questionar se adotaremos IA, mas sim como e quando, e o ‘quando’ já passou,” reafirmou Pinto.
Ele explicou que a Nomad já está em fase de integração total da IA em todas as áreas da empresa no Brasil. “Desde o atendimento ao cliente até a conformidade jurídica, não existe um setor que não esteja reavaliando seus processos e sua lógica de operação à luz da inteligência artificial”, detalhou.
Stocco, por sua vez, levou a discussão além do ambiente corporativo, questionando o futuro do trabalho e da economia digital.
“Estamos ingressando em uma era onde empresas unicórnio podem ser criadas por apenas uma pessoa, auxiliada por modelos autônomos e inteligentes. Isso já está se concretizando em redes como Solana e Ethereum. IA não é apenas sobre produtividade — é a fundação para novos mercados,” concluiu. Ele trouxe exemplos concretos de agentes autônomos que geram milhões realizando serviços automatizados como testes de penetração.
Fonte: Block Trends
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